sexta-feira, 29 de maio de 2009

Kruder Park

Pois é! Lá fui eu ao Kruder Park, mais uma vez. Tal como em Dezembro, na passada terça-feira tivemos de sair de Moçambique para renovar os vistos ... e que chatice isso é para nós! Mais uma vez, o local escolhido por todos foi o Kruder, para grande prazer meu. Prevaleceu o meu voto, já que da outra vez ainda ficou muito para ver - e acreditem que mesmo assim tive sorte.



Dez da manhã, todos fresquinhos e lá fomos os quatro: eu, o Mário, o Guedes e o Carrilho (um colega nosso). Por acaso, até tínhamos alguma pressa, porque fomos e regressámos no mesmo dia e o Kruder fecha as portas às 17h30. Demorámos cerca de três horas para chegar ao Parque, mais precisamente ao restaurante, vinte minutos na fronteira (até foi rápido), mais paragem para gasolina. São mais ou menos 200 km de viagem, em que os últimos 60 km não podem ser a mais de 50 km/h, por estarmos dentro das fronteiras do Parque. Tendo em conta que mal entramos no Kruder começam as paragens obrigatórias para ver os animaizinhos, tal e qual um paparazzi ... tal e qual um verdadeiro tuga! Mais uma vez, para qualquer lado que olhassemos só viamos Bambis, chegou a discutir-se a hipótese de tentar caçar um deles para o almoço. E lá vieram os animais que eu queria - finalmente, vi um rinoceronte a escassos 10 metros, como comprovam as fotografias. E mais, até vi um elefante a uns escassos 5 metros, o que não aconselho muito. Mal vi o elefante, assim de rompante, disse ao Carrilho para parar e recuar até lá. Ficámos maravilhados, sacámos logo das máquinas e telemóves para tentar tirar o máximo de fotos possíveis, era tanta a algazarra que assustámos o bicho. Por momentos o elefante veio lançado a nós, só me lembro de ouvir o Mário a gritar: "Arranca, Arranca, Arranca!". Eu e o Guedes tentámos acalmar a situação, o elefante só tinha ameaçado e, realmente, não tinhamos grandes hipóteses se ele viesse contra nós, até porque quando o Mário manda o Carrilho arrancar com o carro, ele deixa-o ir abaixo! Num segundo, ficámos com o coração na garganta, mas correu tudo bem e uns metros à frente descobrimos o porquê da situação: era uma "elefanta" a proteger a cria dos tão famosos e curiosos tugas.



O dia até correu bem: depois de almoço ainda deu para mais uma voltinha no parque e depois foi só regressar a Maputo, esperar pela renovação do visto na fronteira, que por sinal é uma grande seca. Já agora, fomos mandados parar por uma polícia Sul-Africana que foi só rir. Nunca tinha visto uma disposição daquelas, nunca fui tão bem tratado pelas autoridades, ainda por cima com uma multa de 1000 rans (mais ou menos 90 euros), por não temos o cinto de segurança posto, mas pronto correu tão bem que demos 200 rans à "oficial da polícia" ... até porque estávamos no gabinete dela, portanto ... Deu para ver muita imagem que nunca sonhei, incluíndo alguns animais que não tinha conseguido ver na primeira visita, como hipopótamos, crocodilos, rinocerontes. Só falta mesmo o raio do leão que não aparece.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Um dia na vida de Luísa Casimiro

Aqui está o vídeo que estive a gravar em Nampula, sobre as dificuldades de uma família moçambicana no seu dia-a-dia, a família de Luísa Casimiro. É um vídeo de responsabilidade civil da empresa moçambicana Insitec.

Durante uma semana acompanhei esta família, juntamente com uma equipa espectacular: o Marco - trabalhador da Insitec e o realizador do vídeo, o Cossa - meu assistente e discípulo no curso de formação dos câmaras, o Sérgio - guia, contador de histórias (verdadeiras) e grande caçador e, por fim, o Isaías - o nosso motorista. Juntos percorremos mais de 2000 km no interior de Moçambique. Este é o primeiro vídeo que saiu da sala de edição, ainda está um bocado em bruto e precisa de algumas correcções. E lembrem-se, este vídeo não é para televisão, é um intitucional para promover acções cívicas para ajudar o povo moçambicano e é para sensibilizar pessoas com muito dinheiro ... Espero que gostem das imagens, fiz o melhor que podia!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Dança dos Artistas

Este foi um fim de semana em cheio! Fizemos um jogo do Moçambola para a TVM e começámos o ensaio para o novo programa do canal privado Miramar, o "Dança dos Artistas" (uma espécie de "Dança Comigo"). Começámos os ensaios na sexta-feira ... no sabádo montamos o carro no estádio ... e depois voltámos a montá-lo, a seguir ao jogo, para ensaiarmos mais uma vez ... pois o programa foi em directo, no Domingo.


O "Dança dos Artistas" é uma grande aposta da TV Miramar, destinada ao sucesso! Mas para tentar que fosse um programa único em Moçambique, a Miramar convidou a ZAP para fornecer a técnica toda, porque, como é óbvio, somos os únicos com meios audiovisuais para uma gala desta envergadura. O local escolhido para a série de 8 galas foi a maior sala de teatro de Moçambique, o Teatro Scala. Com uma estrutura composta por seis câmaras, a Miramar trouxe de propósito para este programa uma steadycam! Pela primeira vez uma produção moçambicana iria ter uma steadycam ... e as honras de estreia calharam-me a mim! Começámos com alguns problemas na sexta-feira, mas foi tudo resolvido na segunda ronda de ensaios, no sábado. Outro momento inédito foi o facto da equipa técnica ser toda da ZAP. Finalmente a equipa de formandos iria trabalhar em pleno: câmaras, áudio, produtoras, evs, gráficos - tudo pessoal ZAP. No início, não estava muito à vontade com a steady, mas sinceramente não era nada de especial ... ou melhor, não era bem o tipo de steady profissional a que estou habituado. Mas havia algum desconforto, porque à sete anos que não montava e operava uma. Durante os ensaios, pequenos problemas tocaram toda equipa, por ser a primeira vez que faziamos uma gala em directo! E por parte deles ainda estarem em formação. No domingo, todos estavamos nervosos. Passei as horas que antecederam à gala a tentar equilibrar melhor a steadycam e a treinar o mais possivel. Tivemos uma reunião com o Abílio (realizador) para pôr os pontos nos is ... "muita merda a todos" ... e lá fomos nós para os lugares! Ainda nem o programa tinha começado e já eu transpirava por todo o lado, devido ao colete e ao peso da steady, mas com a adrenalina ao máximo, dei o meu melhor. Tudo funcionou que nem gingas, praticamente sem erros com os planos de nenhuma câmara.

Finalmente, uma produção a sério!!! Tudo funcionou como devia e até os formandos fizeram o que lhes competia, o que me dá um especial orgulho em relação aos câmaras ... Acho que posso dizer que tiveram um bom professor. A gala teve os melhores elogios e superou as expectativas, nisto está incluído a ZAP! Toda a gente adorou, recebi elogios dos big bosses da Miramar, que querem mais imagens no ar com a steady nas próximas galas. Neste momento em que escrevo o post, estou deitado no sofá ... completamente dorido, da cabeça aos pés ... Mas tá-se bem! Para a semana há mais "Dança dos Artistas", e claro está, eu quero mais!